¿Tú o vos? ¿Vosotros o Ustedes? Uma introdução às diferentes variantes do espanhol
Com mais de 577 milhões de falantes no mundo todo, a quantidade de conteúdo localizado em espanhol está aumentando rapidamente e marcou presença na lista de afazeres das empresas que querem se tornar globais. Mas a comunidade de língua espanhola está longe de ser homogênea: o mesmo conteúdo que tem um grande impacto no México pode não ter muita identificação com o público na Argentina e talvez ser pouco compreensível na Espanha. Como saber, então, qual variante do espanhol é a mais adequada para cada caso?
Faça o seu mate, pegue uma tortilla e prepare as suas tapas para uma rápida revisão de algumas das principais variantes da língua espanhola.
Por que você deve localizar o seu conteúdo em espanhol?
Vamos começar pelo princípio. Quando se trata de gestão orçamentária para iniciativas globais, por que uma empresa deve priorizar os falantes do espanhol para se tornar verdadeiramente internacional?
Conforme você leu no primeiro parágrafo deste artigo, há um número muito grande de pessoas hoje cuja língua materna é o espanhol. São MUITAS mesmo. Na verdade, é a segunda língua mais falada no mundo, atrás apenas do mandarim, e mais de 20 países reconhecem o espanhol como idioma principal ou como uma das línguas oficiais.
Os dois maiores países de língua espanhola, Espanha e México, estão entre os 16 países cujo PIB total é de mais de 1 trilhão de dólares. Segundo a CSA Research, “inglês, chinês (simplificado), japonês e espanhol [lideram] o pacote de idiomas on-line mais valiosos, com o espanhol dando acesso a 10% do PIB acessível on-line do mundo.
O poder econômico que os habitantes desses países têm, entretanto, não condiz com o nível de proficiência em inglês. De acordo com a Education First, de 112 países, a Espanha ficou em 33º e o México em 92º no Índice de Proficiência em Inglês. A Argentina é o único país que se classificou bem na categoria “Alta Proficiência”, enquanto os demais países de língua espanhola estão sob “Proficiência Moderada”.
Em termos de consumo, o conteúdo localizado continua sendo prioridade para os compradores. Não importa se estamos falando de B2B ou de B2C, “Can’t Read, Won’t Buy” (Não consigo ler, não compro) é um mandamento entre empresas ou consumidores. Segundo a CSA Research, para mais de 90% dos consumidores no México e na Espanha, é “muito improvável” ou “improvável” que comprem produtos que não tenham interfaces de usuário (UI) localizadas. Se analisarmos o restante da comunidade de língua espanhola, a história continua a mesma: cerca de 80% dos consumidores não adquirem ou compram nada que não tenha UI, documentos administrativos ou suporte por e-mail e chat em espanhol.
O mesmo se aplica à sua presença on-line. Um tempo atrás, publicamos este artigo sobre a importância da localização do seu site em idiomas latino-americanos, e ainda é muito válido. . Aqui estão mais alguns números que mostram como alcançar a população hispanófona de forma mais eficaz:
Então, quantas variantes do espanhol existem?
Falado em mais de 20 países, você pode escolher quase tantas variantes do espanhol quanto o número de países. As variantes a seguir são as mais faladas e as mais diferentes umas das outras.
Espanhol europeu: Também chamado de “espanhol peninsular”, refere-se à variante falada na Espanha. Contém vários dialetos, como o castelhano (o mais comum, que é falado em Madri e arredores), o andaluz (falado na parte sul do país) e o canário (um dialeto das Ilhas Canárias que é bastante semelhante ao espanhol caribenho).
Sem entrar muito nos nacionalismos e regionalismos da Espanha, você deve saber que o castelhano, embora seja a primeira ou segunda língua de 94% da população, não é a única língua falada no país. O catalão, o galego, o basco e o aranês também são línguas oficiais.
Espanhol mexicano: Um erro que as empresas costumam cometer é supor que a variante falada no México seja representativa de toda a América Latina. Embora a escolha dessa variante para localizar seja válida devido à sua grande demografia e alcance, você deve saber que muitos localismos não funcionam bem em outros países da América Latina e podem até parecer estranhos para os falantes não mexicanos.
Apesar disso, como o maior país de língua espanhola do mundo, o México tende a receber mais atenção em termos de localização, e a maioria dos países próximos está acostumada a consumir conteúdo que é frequentemente traduzido para os consumidores mexicanos.
Espanhol dos EUA: Essa variante refere-se à imensa e crescente comunidade de língua espanhola nos EUA. Se fosse um país, os latinos dos EUA representariam o 5º maior PIB do mundo. Com 41 milhões de falantes nativos e cerca de 9 milhões que são fluentes no idioma, há mais falantes lá do que na própria Espanha.
Outro erro comum é pensar que essa comunidade fala apenas o espanhol mexicano. Essa linha de raciocínio ofusca outras origens de latinos nos EUA, como porto-riquenhos, dominicanos, cubanos, venezuelanos, colombianos, entre outros.
Uma das principais diferenças ao localizar para essa comunidade é que muitos anglicismos (como “app” ou “email”) são mantidos sem tradução, além de muitas convenções de formatação estadunidenses ou britânicas, como horários (relógio de 12 horas em vez de 24 horas), vírgulas e pontos para separadores decimais e de milhar, unidades de medida e datas (mês antes ou depois do dia).
Espanhol rioplatense: Essa variante é falada quase exclusivamente na região do Rio da Prata, que representa a fronteira natural entre a Argentina e o Uruguai. É muitas vezes vista como a ovelha negra das variantes do espanhol porque difere drasticamente das outras variantes e dialetos da região. Para os não falantes do espanhol, essa variante tende a ser confundida com o italiano devido à entonação e a certos maneirismos.
Essa região é quase que o único lugar onde você encontrará o voseo (o uso de “vos” em vez de “tú” para a segunda pessoa do singular e todas as flexões verbais associadas que a acompanham), “sheísmo” (uma pronúncia específica de “ll” e “y” que soa como o [ch] em português) e uma enorme quantidade de palavras alemãs, francesas, italianas e inglesas, devido ao processo de imigração em massa para essa região no final do século XIX e no início do século XX.
Essa variante não costuma ser usada para localização por empresas globais, pois deixa de lado a grande maioria dos falantes de espanhol que não são da região.
Espanhol latino-americano: Essa variante elimina a maioria das variações e coloquialismos locais e tenta garantir a máxima compreensão dos falantes de espanhol das Américas. Dependendo do local, as pessoas muitas vezes podem se sentir excluídas se essa variante não for implementada adequadamente. Conforme mencionado anteriormente, muitas pessoas e empresas tendem a confundir o espanhol latino-americano com a variante mexicana e, portanto, isso tem um impacto negativo na experiência do consumidor.
Se bem utilizada, essa variante é a maneira mais eficaz de se comunicar satisfatoriamente com uma comunidade maior. A maioria dos latinos a entende, pois décadas dessa variante fizeram parte de suas vidas, desde programas de TV até todas as empresas globais que conseguiram se integrar na região.
Entre suas regras comuns, o espanhol latino-americano tenta não deixar quase nenhum termo em outros idiomas. Horários, números decimais e regras de medição são todos convertidos. Como a maior parte da região usa tú para a segunda pessoa do singular, todas as flexões verbais são localizadas dessa forma. Mesmo para os falantes nativos, essa variante regional pode ser difícil de trabalhar porque exige que se tenha um maior conhecimento da língua fora de seu país de origem.
Espanhol neutro: Semelhante ao espanhol latino-americano, essa variante é usada para fazer com que as mensagens sejam compreendidas por uma variedade maior de falantes do espanhol na tentativa de impactar os consumidores de forma eficaz além das fronteiras. Essa variante pode ser a escolha preferencial para textos técnicos e especializados, como manuais de instruções, prospectos médicos e descrições de produtos. Em outras palavras, conteúdo que é preciso entender, mas que não tem nenhuma conexão significativa ou pessoal.
Essa variante define o mínimo para a localização. Outros tipos de texto e conteúdo não são recomendados para essa variante. Na intenção de ser a mais ampla possível, ela tira a oportunidade de diminuir a distância entre uma empresa global e um cliente em potencial. Pode-se dizer que, em termos gerais, localizar por meio dessa variante não é bom o suficiente, mas é melhor do que não ter nada localizado para consumidores e empresas de língua espanhola.
Então, qual variante do espanhol devo usar no meu projeto?
Você provavelmente já ouviu antes: conheça o seu público.
Identificar e segmentar o seu público-alvo aumentará muito as suas chances de se conectar com a empresa ou com o consumidor que você está tentando alcançar.
Em geral, o espanhol neutro ou latino-americano é a variante de preferência quando o conteúdo informativo precisa ser traduzido. Eles devem ser usados ao se traduzir algo que, como dito anteriormente, precise ser inteligível, mas não exija uma conexão significativa com o público.
Por outro lado, variantes e dialetos locais são preferíveis quando se trata de conteúdo de marketing. Essa escolha trará, sem dúvida, melhores resultados financeiros no longo prazo devido ao sentimento de confiança que desenvolve com o seu leitor ou consumidor; uma abordagem de conteúdo que considerará a cultura e o consumo local.
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